quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sergio Buarque de Holanda

"Seu interesse oscilou entre a literatura e a história, sempre abordadas pelo viés da sociologia, especialmente a da escola alemã, mais precisamente a de Max Weber,avesso aos extremos, sentia-se mais seguro nas sendas do liberalismo. Historiador e amante da literatura, entre os alemães que então estavam em moda, decidiu-se por Max Weber e por George Simmel recorrendo à sociologia weberiana, em identificar entre os ocupantes do Novo Mundo os “tipos ideais” ,Sérgio Buarque queixou-se, veemente, da má vontade deles para com as letras, para com a imprensa e a educação, deixando o Brasil colônia mergulhado por três séculos numa ignorância estratégica.O pavor à técnica e às artes mecânicas em geral, vistas sempre como atividades inferiores, indignas de um homem de bem. Para Sérgio Buarque, o momento crucial da historia social do Brasil dera-se ele assegurada,“somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra”, tendo contra nós um outro clima e uma outra paisagem. E, além disso, descendíamos de dois países bem pouco europeus, Portugal e Espanha, que eram destacados amantes do personalismo, chegando as raias da anarquia, avessos à instituições solidárias, o que levava à frouxidão da estrutura social e à falta da hierarquia organizada.Ao comentar o destino que previa para os integralistas, uma força política nos anos trinta, foi lapidar e profético ao dizer que eles, como qualquer outro partido que representava interesses ou de ideologia, se estiolariam, pois a tradição brasileira nunca deixou funcionar os verdadeiros partidos de oposição”.

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